31 de jan. de 2013

Um breve diálogo entre mim e um gnomo de jardim



 Sentada na varanda, folheio um livro qualquer. O dia está bom para ler, a brisa bate no meu rosto, acariciando. "Maravilha!" Penso comigo mesma...Então, me distraio com um barulhinho vindo do jardim. Acho rer visto algo, porém meus olhos não conseguem encontrar absolutamente nada.
Ainda assim, fico inquieta, certa de alguma coisinha me observa. Ouço novamente o ruido, e desta vez sou mais rápida, apurando os ouvidos e captando a imagem - mesmo que um borrão - enquanto ela se apressa para esconder-se:
 - Oras, vejamos, quem é você? - Digo segurando pelo colarinho a minúscula criatura de trajes verdes e um chapéu pontudo vermelho. Seus sapatos, percebo, são pontudos também e ele tem um olhar curioso e um sorriso maroto. Não deveria medir mais do que um palmo:
 - Desculpe, não posso falar com estranhos - Disse tentando livrar-se de minhas mãos
 - Certo. Meu nome é Lilithy,  - lhe estendi o dedo indicador da mão livre, esperando que ele o aceitasse - Me diga o seu nome, e não seremos mais estranhos.
 - Mas...mas eu...Tudo bem, me chamo Dillin, digo, as pessoas me chamam de Dillin, digo, não as pessoas, as criaturas..digo.. - Ele parecia muito confuso e resolvi cortá-lo antes que a conversa não seguisse
 - Já entendi, Dillin, mas poderia saber quem é você? Ou melhor, 'O que'é você. Vejo que não é um humano, seu tamanho é demasiado pequeno para isso. Também não poder ser uma espécia de animal, já que se parece demais com gente...
 - Sou um gnomo - falou, tentando parecer autoritário - Mais precisamente, um gnomo de jardim.
 - Mais isto é impossível, gnomos não existem - Falei mais para mim mesma, que para Dillin
 - Garota, como pode dizer que uma cisa que vê e segura em suas mãos não passa de fantasia? Hein?! Claro que sou real, e você teria me notado muito tempo antes se fosse mais esperta. Eu venho aqui quase todos os dias, me espreito por detrás da sua cadeira de balanço e sento cautelosamente no topo, curioso em ler o grande amontoado de folhas que você carrega consigo sempre. São tão lindos, cheios de palavras, que juntas formam as mais maravilhosas histórias que já conheci - Os seus olhos brilhavam de emoção - e aquelas imagens, grandes e nítidas que ilustram as folhas, contando partes das histórias, é tão mágico!!!
 - Dillin, não seja bobo, são apenas livros! Mas, que história é essa de ler sem eu saber? Oras, por que nunca falou comigo? Se fizesse isso, eu teria lhe mostrado livros ainda mais maravilhosos, que guardo lá dentro
 - Bom, não é permitido á ns, criaturas mágicas dos bosques e da natureza, conversar com seres humanos. É muito perigoso - Eu o senti se encolher e, vagarosamente coloquei-o sobre a grama, sentando-me ao seu ladoó
 - Bem, é que a nossa vida depende dos humanos, digo, das crianças que acreditam em nós. E se, ficarmos muito próximas delas, o vínculo aumenta, e passamos a depender inteiramente delas Se um dia, elas pararem de acreditar na gente, sumimos igual a fumaça, e nunca mais somos vistos - Seu olhar era um tanto distante e triste
 - Oh, Dillin, não se preocupe, eu não faria isso com você
 - Mas você acabou de dizer que eu não existia -Me olhou com um ponto de interrogação no rosto
 - Eu falei brincando Dillin, até porque, eu sempre acreditei em vocês, seres mágicos, fadas, duendes e gnomos, mas de início pensei que a leitura me afetara e que estava a delirar.
 - Não seja boba! Eu nunca estive mais vivinho do que agora, mas, desviando o assunto,será que poderia terminar de ler aquele seu..como é mesmo que falam? Livro? Isso, poderia terminar de ler seu livro, pois estou curioso pelo final da história!? - Ele deu pulinhos de animação
 - Claro que sim, vamos lá - eu o conduzi até a varanda novamente. Dillin sentou-se sobre meus ombros com as pequeninas pernas cruzadas e as orelhas pontudas atentas. Juntos nós lemos alguns trechos do livro. A cada página que eu virava, Dillin soltava um suspiro de empolgação.

Essa foi somente a primeira, de muitas tardes que passei com meu novo amigo gnomo de jardim!

(Por Lilithy Durfy)

3 de jan. de 2013

Um outro mundo...

  E como eu gostaria de poder viver em outro mundo... Aonde tudo fosse perfeito, aonde a gente pudesse voltar no tempo, apagar o que fizemos... Mas infelizmente isso não é possível e nunca será. Vou ter que levar a culpa pra toda a vida, apertada junto ao peito, doendo, me corroendo por dentro..fazendo-me sentir um lixo, o lixo que nem mesmo as moscas pousariam. Deuses, como eu pude? Eu não poderia simplesmente ter guardado essa coisa pra mim? Não, tinha que ter falado, pra todo mundo, e agora um monte de gente tá péssima por causa disso. Nessas horas da vontade de fazer as piores besteiras do mundo, sabe? Assim, a culpa passa de uma vez... ou talvez não. Tá sendo difícil ter que suportar isso, muito, muito, muito... Só espero que tudo se resolva, de verdade...

O Rouxinol e a Rosa


''Era uma vez um estudante, ele se encontrava desesperado em seu jardim por não possuir uma rosa vermelha, o que significava que ele não dançaria com a filha do professor no baile.Um belo rouxinol que cantava em cima de uma árvore ouviu e, como ele era muito bondoso, resolveu ajudar o estudante. O belo rouxinol saiu em busca de uma rosa vermelha até encontrar uma roseira, mas está lhe disse que só seria possível conseguir uma rosa vermelha se ele a fizesse com seu canto e a pintasse com seu sangue.O rouxinol pensou o seguinte ' Eu amo demais a vida para morrer, amo o luar, o perfume das flores, as manhãs e as noites, mas mais bonito que a vida é o amor'. Chegada a noite (pois a rosa também lhe disse que a rosa só seria possível se fosse feita á noite e debaixo do luar) o rouxinol foi para o lado da roseira e começou a cantar com o pequeno peito cravado no espinho da roseira, a roseira falava para ele espetar mais seu pequenino o corpo pois ainda não era o suficiente. Quando o espinho atingiu o coraçãozinho do rouxinol, uma gota de sangue caiu sobre a roseira formando uma bela rosa vermelha, e com um u´ último e fraco suspiro o rouxinol caiu morto.
Na manhã seguinte, ao se levantar, o estudante viu a rosa e colheu-a levando-a logo em seguida para a filha do professor, mas esta disse para ele que não dançaria mais com ele pois havia ganhado uma joia  e mais valiosas que as rosas são as jóias.Desolado, o pobre estudante jogou a rosa em uma poça de lama e voltou para sua casa.Entrou em seu quarto e disse: 'O amor é inútil mesmo'.Sentou-se na cama e começou a folhear um livro.''

Fadas, reais ou não?


O Laço, a fita e o vento...

O Laço aperta e dá o abraço
A fita colore, o espaço
O cabelo voa ao vento
E a menina moça, sonha...
Em seus pensamentos de menina
Cria lindas fantasias
Mundo de fadas
Unicórnios, centauros, sereias...
A menina moça, sonha, se coloca ali...
E as árvores se balançam frenéticas
Trazendo um príncipe, em seu cavalo branco
O vento muda de direção
O laço, se faz abraço...
E o beijo sela o momento da emoção...

Fátima Abreu

E agora me pergunto: Existem fadas?


Quantas pessoas já olharam nos meus olhos e me disseram com a maior dureza ''Deixa de besteira garota, fadas não existem '', e eu não consegui acreditar,me senti triste por dentro, porque ,de alguma forma, eu sabia que era mentira.

Cada vez que eu fecho meus olhos, imagino essas pequenas criaturas felizes e esvoaçantes sorrindo para mim, me fazendo acreditar que qualquer um dos meus sonhos mais impossíveis podem se realizar, me fazendo acreditar em qualquer coisa que eu quiser, me fazendo acreditar que elas existem. Eu não preciso que as outras pessoas acreditem em algo que eu quero acreditar, basta a força do meu pensamento, basta um olhar para o fantástico mundo, além das nossas mais altas montanhas, o mundo para qual todos desejariam ir se soubessem como é.as árvores estão sempre crescendo lá, e as flores nunca murcham, pois são feitas da felicidade e da alegria, do sorriso inocente de uma criança, das palavras carinhosas de um amigo, dos olhares que dizem qualquer coisa que não se consegue dizer com palavras. O lugar onde os unicórnios podem correr pelos campos sem temer algum caçador...

E por que eu não não deveria acreditar em um mundo tão bom?
A resposta provavelmente seria: ''Porque esse mundo não é REAL!''

Mas quem foi que falou que um mundo precisa ser real para existir? Basta você querer e ele existirá, assim como as fadas que me rodeiam, fazendo-me sempre sorrir e superar um momento ruim. Quantas vezes eu já não ouvi o tilintar delas nos meus ouvidos - O que é maravilhoso - e quantas vezes elas já não realizaram um pedido que eu considerava fora dos parâmetros normais. Certa vez, posso jurar, eu vi uma delas piscando para mim em uma noite em que eu não conseguia dormir. A única coisa de que me lembro depois disso foi de ter visto um pozinho brilhante caindo sobre minhas pálpebras, enquanto eu era levada pela inconsciência. E é por esse e outros motivos que eu falo sem medo: Elas podem ser pequeninas, mas são tão nítidas que a vista humana é quase incapaz de vê-las, se você não prestar o máximo de atenção pode deixar escapar uma que esteja bem ao seu lado.

Um breve diálogo entre mim e um gnomo de jardim

 Sentada na varanda, folheio um livro qualquer. O dia está bom para ler, a brisa bate no meu rosto, acariciando. "Maravilha!" Pe...